Laboratório Panquímica (1942-1972) – pioneirismo em Niterói
Comemoração dos 100 anos de nascimento de seu fundador Rolf Altenburg (1909-2009) 
A historia indústria farmacêutica no Brasil pode ser dividida em três fases. Em 1889, inicia-se a primeira fase que vai até 1914, com a fundação dos primeiros laboratórios produtores de medicamentos de origem vegetal, animal e mineral. A Proclamação da República encontrou a produção farmacêutica brasileira no ápice da sua primeira fase. Nesse período foram criados 35 laboratórios no Brasil que em 1901 já eram 60. A segunda fase começou em 1915, motivada pela Primeira Guerra Mundial que dificultou a entrada no Brasil de medicamentos. Nessa fase houve um avanço no aperfeiçoamento dos métodos científicos e da produção brasileira, facilitada pelo interesse de laboratórios estrangeiros no mercado brasileiro. Mas ainda era necessária a importação de quase todos os produtos químicos básicos para a produção farmacêutica. Em 1920, haviam 186 indústrias farmacêuticas nos país. Tanto que foi objeto da reclamação atroz do “Doutor Teodoro” na Sociedade de Farmácia da Bahia que, como farmacêutico que manipulava artesanalmente medicamentos, discursava contra o crescimento do mercado de medicamentos industrializados em “Dona Flor e seus Dois Maridos”, do escritor Jorge Amado. A terceira fase da indústria farmacêutica nacional inicia-se em 1940, quando os laboratórios com a dificuldade, gerada pela Segunda Guerra Mundial, de importação de matérias-primas, máquinas e equipamentos são obrigados a suprir suas demandas nos pais. Foi nesse momento crítico da nossa indústria farmacêutica que foi fundado, em 1942, o Laboratório Panquímica, a partir de uma pequena farmácia, a R. Altenburg Cia.Ltda., surgida em 1934 em Niterói no Estado do Rio de Janeiro. Em 1972, sucumbindo à pressão governamental sobre os preços dos medicamentos e a pressão das grandes indústrias multinacionais, o Laboratório Panquímica S.A foi vendido, encerrando-se assim o ciclo de atividades de um dos mais conceituados laboratórios farmacêuticos genuinamente brasileiros daquela fase, que nos anos 1960, de forma inédita no Brasil, aliava nas suas pesquisas a produção de medicamentos com a cultura clonal de orquídeas, base para o desenvolvimento da Florália Orquidários Reunidos, uma das primeiras referências brasileiras para o exterior no cultivo em larga escala de orquídeas. As galerias desta exposição virtual mostram imagens do esenvolvimento do Laboratório Panquímica a partir da Farmácia R. Altenburg Cia Ltda, na segunda fase da história da indústria farmacêutica brasileira e da sua inserção no cultivo de orquídeas. Clique nas imagens para ampliar. 

Galeria 1